Quem já passou por um tratamento de dependência química sabe que algo muito difícil de lidar é a recaída tanto para ele quanto para sua família. Mas isso não é motivos para ter desespero, pois isso faz parte do processo e é importante para o paciente compreender quais são os gatilhos que o faz voltar a sentir a necessidade de beber ou usar drogas como era antes do tratamento.
Diferença entre recaída e o que não é considerado recaída
Quando um dependente tem recaída ele passar a consumir álcool ou usar drogas enquanto está fazendo o tratamento ou após. O padrão de consumo é o mesmo de antes do tratamento bem como o comportamento.
A não recaída é um ato isolado que acontece uma única vez. Para os familiares perceber que aquele ente querido voltou a consumir a bebida ou a droga como antes é um tremendo balde de água fria, pois todo aquele sentimento positivo que surgiu enquanto o paciente se recuperava acaba no momento que a notícia é recebida.
Geralmente é nesse momento que acaba nascendo a crença que o tratamento não deu certo e que todas as esperanças foram perdidas. Mas esse é um tremendo engano.
A recaída realmente pode ser um fator importante que ajude o paciente a entender quais os limites que ele possui em relação a droga, qual o tipo de comportamento que o leva a usa-la novamente, quais situações provocam o desejo de usar ou facilitar seu consumo. Ou seja, mesmo num momento que a família costuma ficar desesperada ou assustada pode ser bem importante para o processo de recuperação.
O sentimento de frustração também não deve fazer parte da família ao achar que isso somente acontece com ela. Muito pelo contrário, diversas pesquisas apontam que 80% dos viciados que resolvem tratar sua dependência acabam recaindo no uso após algum tempo.
Podemos dar um exemplo bem simples disso: alguém que gosta muito de doce e que está tentando emagrecer. Fazer uma dieta é quase que impossível. Dar aquela escapulida para a geladeira tarde da noite de vez em quando também é algo natural. Com a droga essa vontade louca também é similar, mas em proporções diferentes.
Dessa forma, o melhor a fazer é manter a calma e confiar naquele tratamento que está em andamento ou então procurar ajuda profissional novamente caso o tratamento tenha sido finalizado.